O problema não está relacionado apenas com a política, mas também com a pressão americana através de exigências e restrições, além de um fato mais pragmático, conforme descrito pela revista Military Watch.
O fato é que, além das razões já mencionadas, há também um problema relacionado ao preço do caça e às necessidades do país que, no caso, não precisaria de um avião tão sofisticado e caro como o F-16 para realizar missões mais simples, visto que as Filipinas não combaterão qualquer exército.
O país requer aviões leves, não importando se a reação ou turbofan, o que torna os F-16 "absolutamente inúteis", além de terem sido oferecidos de maneira "humilhante", explicou o presidente filipino, Rodrigo Duterte.
Com tal argumentação, Duterte se refere ao fato de que os próprios EUA reconhecem que a utilização do F-16 em missões de contrainsurgência teria um maior custo e seriam menos eficazes que os aparelhos projetados especificamente para isso, mesmo que tenham décadas de serviço ativo. Sem contar que os EUA se atrasaram na entrega de fuzis de assalto, que foram adquiridos pelas Filipinas para equipar seus serviços de segurança, e que também foi cancelado um contrato, onde constava a entrega de helicópteros canadenses.
As Filipinas atualmente possuem dois potenciais parceiros para o fornecimento de material bélico, que seriam a Rússia e a Coreia do Sul, ambos não impõem restrições, além de possuírem equipamentos mais acessíveis.
Inclusive, os militares filipinos já operam o KAI T-50, ressaltando que ficaram impressionados com seu rendimento e eficácia durante os combates contra os radicais islamitas na cidade de Marawi, em 2017. Com isso, fica claro que Duterte, pode optar por outros parceiros visando fortalecer sua defesa, principalmente se o desgaste das relações com os EUA continuar.