Segundo o Globo, o fogo começou após o fechamento do museu aos visitantes, por volta das 19h30. O museu fica localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, Zona Norte da capital fluminense e comemorou 200 anos em 2018. Fundado por João VI, o acervo do museu contava com cerca de 20 milhões de itens.
Incêndio no Museu Nacional. Prédio todo tomado pic.twitter.com/V9YIqjWkmQ
— Sylvia (@guimasylvia) 2 de setembro de 2018
Segundo a assessoria de imprensa do museu, ninguém se feriu. Quatro vigilantes que estavam no local conseguiram sair a tempo. O fogo se alastrou rapidamente e tomou conta praticamente de todo o prédio. As causas do incêndio são desconhecidas e ainda serão investigadas.
"A Reitoria da UFRJ acompanha o trabalho dos bombeiros, neste momento, no Museu Nacional. Segundo as primeiras informações, o incêndio teve início por volta das 19h30. Não há registro de vítimas. Servidores do Museu Nacional também estão no local para dar o suporte necessário ao trabalho dos bombeiros", informou a reitoria da universidade em comunicado oficial.
INCÊNDIO NO MUSEU NACIONAL
— Lourenço Marques (@_lourencomarque) 2 de setembro de 2018
Eu to muito triste pic.twitter.com/sUd2mLMniJ
"Pessoal, estou aqui no museu e não vai sobrar nada… As chamas estão altíssimas, para quem conhece, estou no começo do jardim e está um calor aqui, voando faísca, fogo para todo lado. O palácio vai se perder todo e parte das coleções e exposições, múmia, tudo. Foram 200 anos e é o fim do museu mesmo", disse uma testemunha no local, em mensagem circulada pelo WhatsApp.
Uma tragédia imensa esse incêndio no Museu Nacional. Grande parte da história e cultura desse país virando cinzas. Lamentável! pic.twitter.com/nh0oVjL2hA
— RIO ANTIGO 🚋 (@ORioAntigo) 3 de setembro de 2018
Para Telma Lasmar, museóloga, ex-presidente do Conselho Federal de Museologia e professora de Patrimônio Histórico Cultural da Faculdade de Turismo e Hotelaria da UFF, a tragédia já era anunciada.
"Há décadas a equipe técnica do Museu Nacional tenta obter recursos para recuperar e modernizar o edifício. Diversos projetos foram apresentados. Nada foi feito. Em nível nacional, o descaso com a cultura é evidente."
Queimam junto com o Museu Nacional: Professores, Historiadores, Biólogos, Geólogos, Museólogos, Arquivistas, Pesquisadores, Cientistas, Estudantes,… Livros Raros, Estudos, Obras, Peças, Itens, Memória, Cultura, Brasil… Humanidade.
— Nunes Joao (@JPNunes00) 3 de setembro de 2018
É Irreparável e inestimável.
Pra sempre. pic.twitter.com/t81IikqAJD
O Museu Nacional é vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Trata-se da mais antiga instituição científica do Brasil, sendo um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas. O museu possuía um vasto acervo com destaque para a coleção egípcia, coleção de arte e artefatos greco-romanos, as coleções de Paleontologia e o mais antigo fóssil humano já encontrado no país e, ainda, uma biblioteca com obras raras.
O local foi sede da primeira Assembleia Constituinte Republicana de 1889 a 1891, antes de ser destinado ao uso de museu, em 1892. O edifício é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
O Museu Nacional do Rio oferece cursos de extensão e pós-graduação em várias áreas de conhecimento. Para esta semana, era esperado um debate sobre a independência do país. No próximo mês, estava previsto o IV Simpósio Brasileiro de Paleontoinvertebrados no local.