Сhina pode suspender negociações comerciais com Grã-Bretanha após incidente naval

© AFP 2023 / STRIlhas Paracel, região disputada no mar do Sul da China
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Um navio de guerra da Marinha Real Britânica que navegava próximo à ilhas no mar do Sul da China, pode atrapalhar as negociações sobre acordo de livre comércio entre os dois países depois do Brexit, informou um importante jornal estatal chinês nesta quinta-feira.

China e Grã-Bretanha concordaram no mês passado em considerar a possibilidade de celebrar um acordo de livre comércio pós-Brexit de "alto nível" que, se for concretizadp, seria uma vitória política importante para o governo conservador da Grã-Bretanha.

"China e Reino Unido concordaram em explorar ativamente a possibilidade de discutir um acordo de livre comércio depois do Brexit. Qualquer ação que prejudique os principais interesses da China só colocará entraves nesse andamento", escreveu o jornal estatal China Daily em seu editorial.

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A Grã-Bretanha cortejou a China por um acordo comercial pós-Brexit e falou de uma "era de ouro" nos laços, embora nenhuma negociação possa começar até que a Grã-Bretanha deixe oficialmente a União Europeia.

Além disso, o HMS Albion, um navio de guerra anfíbio de 22 mil toneladas, navegou perto das Ilhas Paracel, reivindicadas pela China, no mês passado, informou a Reuters nesta quinta-feira, provocando uma reação irada da China, que classificou o ato de "provocação".

As ilhas Paracel são ocupadas inteiramente pela China, mas também são reivindicados pelo Vietnã e por Taiwan.

As reivindicações da China no mar do Sul da China, são contestadas por Brunei, Malásia, Filipinas, Taiwan e Vietnã. A Grã-Bretanha não tem reivindicações territoriais na área.

O jornal China Daily disse que a Grã-Bretanha está tentando "obter favores" com os Estados Unidos, que vem pressionando o país por mais participação internacional.

"Agora que está de olho nos EUA como uma tábua de salvação econômica após a saída da União Européia — o Reino Unido está sem dúvida ansioso para aproveitar qualquer oportunidade para ficar bem aos olhos de Washington", disse o jornal.

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