No entanto, em entrevista à Sputnik Brasil, o cientista político do Instituto de Ciências Políticas da Universidade de Brasília (UnB), David Fleischer, disse que a piora no ranking não necessariamente é algo ruim para o país.
"A Lava Jato revelou muita corrupção e você poderia pensar que isso ajudaria o Brasil a subir na avaliação, mas por revelar grande quantidade fez o Brasil cair. Porque a população passou a ficar mais alerta e a ter mais percepção sobre a existência de corrupção", explicou.
Segundo David Fleischer, a piora no ranking se deve à percepção pela população brasileira de que o Brasil não foi capaz de fazer avançar medidas para atacar de maneira sistêmica esse problema.
"Uma legislação mais forte foi proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil e pelo Ministério Público, mas o Congresso rechaçou e não aprovou. Isso é um indício de que o Brasil não está tratando de corrigir ou reprimir a corrupção", afirmou.
Apesar da população estar mais atenta, segundo o cientista político, não significa que menos candidatos acusados de corrupção serão eleitos em 2018.
"Não vai ser fácil porque os partidos políticos estão despejando os recursos de campanha do fundo eleitoral justamente para tentar reeleger os corruptos, então eu não sei se os corruptos vão ser derrotados ou não", disse David Fleischer.