O astrônomo belga Olivier Hainaut e seus colegas declaram que a candidata mais provável a ser a pátria do Oumuamua é a anã vermelha HIP 3757 da constelação Cetus a 77 anos-luz da Terra.
Em outubro do ano passado, o telescópio automatizado Pan-STARRS1 descobriu o primeiro corpo celeste "interestelar". Este objeto foi classificado convencionalmente de "cometa" e recebeu o nome temporário de C/2017 U1, dezenas de telescópios terrestres e orbitais começaram a vigiá-lo.
Antes de ele deixar o espaço próximo da Terra, os cientistas conseguiram obter um grande número de imagens e dados sobre as características físicas do "migrante", revelando que ele é mais parecido com um asteroide do que com um cometa. Ele foi renomeado em 1I/2017 U1, e mais tarde foi batizado de Oumuamua, o que significa "um mensageiro de longe que chega primeiro" no idioma dos habitantes nativos das ilhas havaianas.
Segundo o cientista belga Olivier Hainaut, apenas quatro das estrelas que a trajetória do Oumuamua atravessa poderiam gerar um objeto com tal tamanho e velocidade.
Além da anã vermelha HIP 3757, o papel de pátria do Oumuamua pode ser desempenhado por uma estrela semelhante ao Sol, chamada HD 292249, da constelação de Monoceros a 135 anos-luz de nós. De acordo com os astrônomos, o caminho de HIP 3757 e de HD 292249 até à Terra teria levado um e quatro milhões de anos respectivamente.
Os astrônomos ainda não descobriram sinais de presença de outros corpos celestes pequenos nas estrelas enumeradas, por isso não se pode falar com toda a certeza qual delas foi a pátria do Oumuamua no passado remoto. Por outro lado, a diminuição da quantidade de candidatas a esse papel permite analisar que estrelas geram mais frequentemente tais viajantes interestelares e qual é a quantidade deles no Sistema Solar.