O Canadá correu risco de ficar de fora do novo acordo, mas as conversações entre Ottawa e Washington finalmente resultaram em um acordo para manter os três membros na nova versão do pacto comercial.
"É uma boa noite para o México e para a América do Norte", escreveu no Twitter o ministro mexicano das Relações Exteriores, Luis Videgaray.
Outras altas autoridades mexicanas também elogiaram o acordo.
"Celebramos o acordo trilateral", escreveu Jesus Saede no Twitter. Ele é o representante do presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador. "A porta foi fechada para a fragmentação comercial da região", disse ele, acrescentando que o acordo "dará certeza e estabilidade ao comércio do México com seus parceiros norte-americanos".
Se o acordo for ratificado pelas legislaturas dos três países e seus chefes de Estado, ele será assinado no dia 30 de novembro, informa a rede de TV mexicana Televisa.
Será exatamente um dia antes da posse do novo presidente do México, López Obrador, conhecido por suas posições de esquerda.
O presidente eleito, mas que ainda não foi empossado, deu sua bênção ao novo NAFTA — que será chamado de Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês).
Os três países começaram a renegociar o Nafta há mais de um ano, a pedido de Donald Trump, que criticou o acordo como candidato à presidência e diz que ele foi uma "fraude" para os Estados Unidos e que custou empregos ao país. O atual presidente dos Estados Unidos fez campanha com a promessa de reescrever o NAFTA — ou se livrar dele.
A presença do Canadá no acordo aliviou alguns políticos. "Estou contente que a administração Trump conseguiu fechar um acordo para modernizar o NAFTA com o México e o Canadá", disse o republicano e presidente de Finanças do Senado dos EUA, Orrin Hatch. "O NAFTA é um sucesso comprovado."
O NAFTA derrubou a maioria das barreiras comerciais entre os Estados Unidos, Canadá e México, levando a um aumento do comércio entre os três países. Mas Trump e outros críticos disseram que ele encorajou os empresários a se movimentarem rumo ao sul da fronteira para aproveitar os baixos salários mexicanos.