Na sexta-feira, Lewandowski emitiu liminar autorizando Lula a conceder entrevistas, mesmo estando preso na Polícia Federal, em Curitiba. Os pedidos de entrevista foram feitos pelos jornalistas Mônica Bergamo, da Folha de São Paulo, e Florestan Fernandes. Os jornalistas recorreram ao STF depois de decisão da 12ª Vara Federal de Curitiba de negar acesso da imprensa a Lula.
Nos mandatos desta segunda-feira, o ministro Lewandowski acolheu as petições dos jornalistas e determinou o cumprimento de sua decisão da última semana "sob pena de configuração de crime de desobediência, com o imediato acionamento do Ministério Público para as providências cabíveis, servindo a presente decisão como mandado".
Lewandowski argumenta que a suspensão proferida por Luiz Fux "incorre em vícios gravíssimos" e não produz efeito legal, pois "não possui forma ou figura jurídica admissível no direito vigente".
O ministro diz garantir "o direito constitucional de exercer a plenitude da liberdade de imprensa como categoria jurídica proibitiva de qualquer tipo de censura prévia, bem como o direito do próprio custodiado de conceder entrevistas a veículos de comunicação", informou Agência Brasil.