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Bolsonaro diz 'desconfiar da lisura' das eleições e não cumprimentará Haddad se derrotado

© AFP 2023 / Nelson AlmeidaDeputado federal Jair Bolsonaro (PSL) durante debate na Rede Bandeirantes, em 9 de agosto, entre pré-candidatos à presidência do Brasil nas eleições de 2018
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O candidato Jair Bolsonaro aliviou as declarações anteriores de que não reconheceria nenhum resultado das eleições que não a vitória. Em uma live transmitida pela página do capitão no Facebook, ele esclareceu que apenas não ligaria para Haddad cumprimentando-o. O presidenciável do PSL voltou, porém, a colocar a idoniedade do processo em dúvida.

"Eu desconfio da lisura no sistema eleitoral. Não há maneira de se fazer uma auditoria. Mas vou respeitar o que acontecer por ocasião das eleições. Só não vou ligar para o Haddad, caso ele venha a vencer. Se bem que eu não acredito nisso", afirmou.

Bolsonaro também se disse confiante em uma eventual vitória no 1º turno. Registrando 32% das intenções de voto, o candidato precisaria crescer para pelo menos 36,8% até o pleito no domingo (7), algo ainda considerável improvável por analistas políticos.

Apelo

O candidato do PSL também aproveitou a live para pedir que empresários não façam campanha para ele dentro do ambiente de trabalho. O comentário é uma referência indireta ao caso envolvendo Luciano Hang, dono da rede Havan.

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Em video postado nas redes sociais, o empresário obrigou funcionários a usarem camisa em apoio a Bolsonaro e ameaçou demitir 15 mil em caso de vitória de "algum candidato da esquerda". O vídeo teria circulado na rede interna da empresa. Em resposta, o Ministério Público do Trabalho processou Hang em R$1 milhão de reais. Na opinião dos procuradores, a postura do empresário "descumpre a finalidade social do emprego, que não deveria refletir em ferramenta eleitoral ou coação financeira".

"Eu queria dar um aviso, uma recomendação a empresários e comerciantes, que, pelo que eu fiquei sabendo, alguns deles fizeram campanha dentro das empresas, ou seja, reunindo funcionários e pedindo votos. Eu não sei se é verdade ou não, mas essas informações chegaram ao nosso conhecimento. Eu queria alertar que, pela legislação eleitoral, isso é proibido. E quem responde é o candidato, não os senhores", afirmou Bolsonaro na transmissão.

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