"Pela primeira vez na história, temos um governo americano que, para dizer o mínimo, não está entusiasmado com uma Europa unida e forte", disse Tusk em um discurso na véspera das celebrações que marcam o 100º aniversário da independência da Polônia. "Estou falando de fatos, não de propaganda", observou o político polonês e diplomata, citado pela AFP.
"O presidente Macron da França acaba de sugerir que a Europa construa suas próprias forças armadas para se proteger dos EUA, China e Rússia. Muito insultante, mas talvez a Europa deva primeiro pagar a sua parte justa à OTAN, que os EUA subsidiam grandemente!", disse o americano.
President Macron of France has just suggested that Europe build its own military in order to protect itself from the U.S., China and Russia. Very insulting, but perhaps Europe should first pay its fair share of NATO, which the U.S. subsidizes greatly!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 9 ноября 2018 г.
A troca de acusações entre Tusk e Trump é apenas a mais recente de uma série de críticas mútuas. Tusk anteriormente criticou Trump por aparentemente tentar desmantelar a ordem mundial pós-Segunda Guerra Mundial.
"Não pode ser descartado que haverá dois fluxos representados: um nas cores dos camisas-marrons- anti-europeu e focado no nacionalismo, e o segundo que quer fortalecer o máximo possível para a integração na UE", disse ele durante a entrevista.
Tusk acrescentou que alguns países dentro da UE querem "mais conflito do que cooperação, mais desintegração do que integração", referindo-se à ascensão de movimentos de direita em vários membros do bloco. Ele reiterou suas críticas à atual liderança polonesa, que consistentemente coloca os interesses poloneses acima dos da Europa, alertando que o curso político em Varsóvia poderia levar a Polônia a deixar a UE.
"Aqueles que se opõem a uma forte presença polonesa na Europa são de fato contra nossa independência", disse Tusk.