Cientistas do Centro Helmholtz de Investigação Polar e Marinha do Instituto Alfred Wegener (Alemanha) estudaram os fluxos de gelo na Antártida Oriental, na geleira Recovery e determinaram que nesta área não há grandes lagos subglaciais. Logo, os movimentos do gelo têm outra explicação apresentada no estudo publicado em 7 de novembro no Journal of Geophysical Research: Earth Surface.
Foi assim inesperadamente refutado que sejam os enormes lagos subglaciais que deslocam as massas de gelo nas geleiras da Antártida. Até agora, esse ponto de vista era o mais popular entre os cientistas de vários países. No entanto, a partir deste momento, os especialistas terão que encontrar novos mecanismos para explicar a origem desses movimentos, admitem os autores do estudo.
Os cientistas estudaram a geleira Recovery, que transporta o gelo desde a capa gelada da Antártida Oriental para a plataforma Filchner, na Antártida Ocidental. Segundo indicam os especialistas, o gelo se desloca a uma velocidade entre 10 e 400 metros por ano.
Em resultado do estudo os cientistas provaram que, sob o gelo, existem apenas pequenos lagos localizados nos trechos superiores dos rios subglaciais. No entanto, eles são demasiado pequenos para provocar a velocidade atual das correntes de gelo.