Porém, antes que o fato ocorra, devemos ressaltar que existe uma possibilidade real que o primeiro passo humano na superfície de Marte provavelmente levará à colisão entre a vida terrestre e a biota nativa de Marte.
O Planeta Vermelho é considerado um lugar estéril. Se isso realmente for verdade, então a presença humana certamente não criaria um dilema moral ou ético, conforme artigo publicado pelo portal Live Science.
Mas se houver vida em Marte, os exploradores humanos conduziriam à extinção de qualquer presença de vida na superfície do planeta.
Especialistas sugerem que antes de enviar uma missão para explorar Marte, os cientistas deveriam planejar missões de exploração em Europa e Encélado, já que ambos apresentam os elementos necessários para abrigar biologia nativa. Dessa forma, seria possível explorar Marte sem riscos de contaminação.
Europa é uma das maiores luas de Júpiter e Encélado é uma das maiores luas de Saturno. Os cientistas inclusive já estariam preparando uma missão de exploração para os anos 2020.
A preocupação dos especialistas tem estado direcionada aos riscos de contaminação, já que haveria riscos de contaminação biológica em outros mundos. Esse fato não é uma novidade, em 1959 houve um debate sobre a necessidade de esterilizar o veículo espacial, procedimento que se tornou padrão nas missões da NASA para proteger os corpos de todo o Sistema Solar, incluindo Marte.
O Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA acredita que qualquer missão transportando humanos ao Planeta Vermelho provocará inevitavelmente uma contaminação no Planeta, por isso, a presença humana é não é uma das melhores ideias, pois com certeza, seria suficiente para ameaçar qualquer vida em Marte.
Com isso, especialistas acreditam que seria melhor utilizar robôs para detectar se Marte é habitável ou não, além de utilizar ferramentas tecnológicas para confirmar se o Planeta é estéril. Seria fundamental saber isso antes de enviar humanos à superfície de Marte.