Em Paris, a manifestação começou de manhã cedo: primeiro, os participantes se reuniram perto de uma das entradas da cidade, e depois bloquearam uma parte do Boulevard Périphérique de Paris.
Les gilets jaunes descendent les Champs-Elysées à pied, les CRS un peu débordés. pic.twitter.com/mq0DjsTYJa
— Alex Sulzer (@Alexsulzer) 17 de novembro de 2018
Os manifestantes esperam lograr suspender o tráfego nas maiores rodovias da capital e finalizar com um protesto maciço em frente do Palácio do Eliseu, residência oficial do presidente. Há também possibilidade de que as estradas que vão até o aeroporto parisiense Charles de Gaulle fiquem bloqueadas.
De acordo com os dados mais recentes do ministério, uma pessoa morreu, 47 ficaram feridas, 3 delas gravemente, e 17 foram detidas. A mulher que morreu foi atropelada nas barricadas por uma motorista que ficou em pânico em frente de uma barreira na estrada e não conseguiu controlar seu veículo.
No total, agora são mais de 124 mil os manifestantes que saíram nas ruas.
Sur la rocade de #rennes les gilets jaunes toujours mobilisés @TVR35 pic.twitter.com/8U9qnsjIfF
— Tondriaux-G Raphaèle (@TngRaphaele) 17 de novembro de 2018
O movimento associado ao protesto é chamado de "Gilets Jaunes" ("coletes amarelos"). Ele não tem uma organização formal, nenhum líder e nenhuma afiliação política. Em sua maioria, tem sido coordenado através das redes sociais. O nome alude aos coletes fluorescentes que na França, por lei, cada cidadão é obrigado a portar no seu veículo.
#giletsjaunes RN4 lorraine pic.twitter.com/IUFomhhWhi
— b0bic ⭐️⭐️ (@b0bic) 17 de novembro de 2018
Embora os preços dos combustíveis tenham começado a diminuir pouco a pouco nas últimas semanas, desde o início do ano o aumento já somou 7,5% para gasolina e cerca de 15% para o diesel, segundo a emissora BFM, aumento que afeta milhões de pessoas. No total, a partir do início de 2019, na sequência do aumento dos impostos e preços, as despesas das famílias francesas irão crescer 100-250 euros por mês (430-1000 reais).