Estrela na Via Láctea ameaça com explosão mais poderosa do Universo (VÍDEO)

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Astrônomos descobriram um sistema estelar espetacular rodeado por uma elegante nuvem de poeira espiral. Acredita-se que o sistema contém uma estrela que está girando extremamente rápido, o que poderia produzir uma das explosões mais poderosas do Universo.

Trata-se do sistema estelar binário, formado por um par de estrelas maciças Wolf-Rayet. A descoberta foi feita por uma equipe internacional de pesquisadores, cujos resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature Astronomy.

Os autores do estudo acreditam que uma das estrelas — afastada a cerca de 8 mil anos-luz da Terra — é a primeira candidata conhecida na Via Láctea a produzir uma perigosa explosão de raios gama, sendo considerada uma das mais poderosas do Universo.

A estrela do sistema Apep, denominado em homenagem ao deus egípcio do caos em forma de serpente, está à beira de uma explosão maciça de supernova. Segundo apontam os cientistas, a colisão entre os ventos das duas estrelas pode formar poeira, que assumiria formas que remetessem um embrião ou girino.

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Graças ao Very Large Telescope (VLT), instalado no Chile, e ao Telescópio anglo-australiano (AAT), na Austrália, a equipe descobriu que o sistema estelar está produzindo ventos incrivelmente rápidos, ou seja, 100.000 vezes mais rápidos que um furacão na Terra.

Esta velocidade de vento não representa nenhuma surpresa para as estrelas Wolf-Rayet. No entanto, os pesquisadores descobriram que a nuvem de poeira se move muito mais devagar.

"A maneira com que esses diferentes ventos acontecem provém da rotação crítica", explicou o Dr. Benjamin Pope, coautor do estudo da Universidade de Nova York, citado pela revista científica Eurekalert.

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De acordo com ele, a rotação crítica é necessária na maioria dos modelos de supernovas para que a morte ardente de uma estrela seja acompanhada pela explosão mais energética do Universo: a de raios gama.

No entanto, segundo confirma outro pesquisador da equipe, professor Paul Crowther, do Departamento de Física e Astronomia da Universidade de Sheffield, o processo de formação de poeira ao redor do sistema estelar continua sendo um mistério.

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