Os líderes da China e dos EUA, Xi Jinping e Donald Trump, realizaram a sua muito esperada reunião à margem da cúpula do G20 na Argentina, que trouxe alguma clareza sobre os novos passos de ambas as partes para tentar resolver a prolongada "guerra comercial".
Apesar do otimismo dos altos funcionários, a comunidade de especialistas chinesa alerta sobre as promessas de Trump, "para quem a violação de acordos já se tornou um cartão de visita".
"Os acordos alcançados neste momento podem ser rompidos amanhã", opina o analista.
Quanto a um acordo dentro de 90 dias, ele observou que "em três meses a China e os EUA não conseguirão acabar com a guerra comercial e, se não for possível alcançar um acordo nesse prazo, os Estados Unidos aumentarão as taxas para 25%, o que é pura chantagem e coerção".
Segundo o analista chinês, a questão principal e mesmo crítica é o tipo de acordos que as partes pretendem alcançar e as concessões que a China deve fazer.
Ele destacou que "a China, sem dúvida, espera acabar com a guerra comercial nos próximos três meses, por isso Trump está se aproveitando disso. Para Pequim, o mais importante agora é continuar a lidar com todas as mudanças de modo determinado e firme".