O Ibama disse que deu à Total todas as oportunidades para corrigir os problemas levantados durante uma avaliação técnica e informou o grupo francês de sua decisão, motivada pelo desejo de preservar a biodiversidade na área em questão.
Segundo alguns geólogos, essa região poderia armazenar até 14 bilhões de barris de petróleo, mais do que todas as reservas comprovadas do golfo do México.
A Total e seus parceiros, a britânica British Petroleum (BP) e a brasileira Petrobras adquiriram cinco blocos de prospecção nesta bacia amazônica em 2013. A aprovação do projeto se arrastou desde a descoberta de um grande recife de corais a 28 km da área de exploração.
A ONG Greenpeace levou a campo uma ampla campanha de defesa dos corais da Amazônia, afirmando que os riscos da extração de petróleo não compensam a possibilidade de perda de tão rica diversidade natural da região.
A preservação da Amazônia e da biodiversidade brasileira é uma das preocupações com o início próximo do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). De tão espinhoso, o tema é o único que não viu o seu ministério, o do Meio Ambiente, ter um ministro confirmado – as outras 21 pastas já tiveram os seus nomes oficializados.