Durante muitas décadas a CIA tentou prevenir a desclassificação dos documentos ligados ao Projeto MKULTRA. Entretanto, John Greenewald Jr., fundador do The Black Vault, publicou os documentos que revelaram os experimentos com animais e homens realizados no âmbito do projeto.
Entretanto, de acordo com 800 páginas de documentos nunca antes vistos publicados pelo The Black Vault no final da semana passada, a "pesquisa" do projeto MKULTRA foi muito além. Os documentos mostram, por exemplo, que o projeto incluiu uma experimentação elaborada em "cachorros controlados remotamente", que receberam dispositivos responsáveis pelo envio de sinais elétricos para seus cérebros a fim de controlar movimento dos animais a mais de 180 metros de distância.
"O objetivo específico do programa de pesquisa foi examinar a possibilidade de controlar o comportamento de um cachorro, em campo aberto, através do estímulo elétrica do cérebro ativado remotamente", revelou um dos documentos desclassificados.
Segundo os documentos, a pesquisa com cachorros acompanhava experimentos semelhantes em ratos. Também foram realizadas discussões sobre o uso de gatos para missões de espionagem, bem como realizar pesquisas sobre a possibilidade de usar "peixes elétricos" para a "detecção, localização e identificação subaquática de objetos".
Mais um documento revelou novos detalhes sobre o uso de drogas de controle da mente experimentais em seres humanos sem consentimento dos mesmos, por exemplo, soros da verdade com possível utilização em prisioneiros e suspeitos de crimes que aguardam julgamento.
O programa MKULTRA foi lançado nos anos 1950. Em meados dos anos 1950, o programa foi suspenso e encerrado inteiramente em 1973.
Se os novos documentos apresentados pelo The Black Vault forem verificados, eles ajudarão os históricos a entender alguns aspectos ainda mais grotescos desse projeto da CIA obscuro.