A análise de Hernandez vem em resposta às acusações feitas pela Colômbia na quarta-feira (12) através do presidente colombiano, Iván Duque.
"[…] É irônico que seja a Colômbia que se preocupe com manobras conjuntas russo-venezuelanas e a presença de aviões russos no país vizinho, quando na Colômbia são mantidas sete bases militares dos Estados Unidos que são uma verdadeira ameaça para toda a região", opinou o professor aposentado da Universidade de Havana à Sputnik Mundo.
O professor cubano, Roberto Hernandez, criticou o presidente colombiano pelas declarações e denunciou que o país tem feito investimentos altos no setor militar além de buscar aproximação com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tornando-se o principal aliado militar da aliança na América do Sul.
Hernandez também afirmou que é absurda a declaração emitida pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que acusou o governo de Venezuela de "violar" a constituição por não ter a aprovação da Assembleia Nacional venezuelana.
"Parece que [o secretário-geral da OEA, Luis] Almagro insiste em ignorar a Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, que tem plenos poderes e assumiu as tarefas da Assembleia Nacional declarada em desacato, mas o secretário-geral da OEA apenas enxerga as instruções recebidas de seus chefes em Washington", disse Hernandez.
Ele acrescentou que é absurdo e perigoso que o secretário-geral da OEA fale em "violação das normas fundamentais do direito internacional", insinuando sem provas, segundo o professor, que a Venezuela armazena ou possui armas nucleares suas ou de terceiros em seu território.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro denunciou na quarta-feira (12) que no município colombiano de Tona, no Departamento de Santander, está em treinamento o grupo paramilitar G8, com mais de 734 mercenários colombianos e venezuelanos para simular ataques das forças venezuelanas e iniciar uma escalada violenta contra a Venezuela.