O analista político de origem síria Ghassan Kadi comentou à Sputnik Internacional as crescentes tensões entre Washington e Teerã no golfo Pérsico.
No entanto, assegura o especialista, a Revolução Iraniana afetou significativamente o equilíbrio de forças na região.
"E embora a Quinta Frota dos EUA só tivesse sido reativada em 1995, a presença da Marinha dos EUA regressou em força para a região […]", comentou, acrescentando que as forças norte-americanas derrubaram alguns aviões iranianos como, por exemplo, o voo 655 em 1988 e um Airbus A300.
A última implantação de um grupo de ataque liderado pelo porta-aviões USS John C. Stennis no golfo Pérsico não constitui uma mudança significativa no status quo, e só pode ser vista como uma ação que visa intimidar os iranianos, destaca o especialista.
No dia 4 do dezembro, o presidente iraniano Hassan Rouhani sinalizou novamente a prontidão de bloquear o estreito de Ormuz (a faixa marítima mais movimentada do mundo para embarques de petróleo), se Trump interromper o comércio de petróleo da República Islâmica.
Segundo o analista, "o Irã usará esta carta como último recurso e, visto que o Irã não tem porta-aviões para enviar ao golfo do México, a ameaça de bloquear o estreito de Ormuz também deve ser simbólica e expressar desafio e contra-intimidação".
Os parlamentares iranianos e altos responsáveis militares continuam a reiterar que a República Islâmica é capaz de se defender, mas por outro lado, considerando o desequilíbrio de forças entre o Irã e os Estados Unidos, é pouco provável que o Irã seja primeiro a atacar, opina.