Além disso, há mercados que proibiram a utilização de criptomoedas para controlar o sistema financeiro.
Quando Satoshi Nakamoto criou o bitcoin, ele não tinha ideia de que sua criação valeria mais do que o ouro. Nos primeiros momentos do bitcoin, apenas os profissionais de tecnologia e fanáticos pela criptografia puderam utilizá-lo e trocá-lo, na ocasião, a criptomoeda era vista mais como um objeto de entretenimento do que um ativo de grande valor.
Com o passar do tempo, a moeda criptografada passou a atrair os especuladores, pois o câmbio da criptomoeda dependia apenas da agitação do mercado. Esta foi a razão pela qual o valor do bitcoin disparou até 20 vezes em apenas um ano, entre o final de 2016 e 2017.
A China então se tornou uma grande monopolista, isso porque possuía uma grande base para a utilização das moedas digitais e a energia elétrica barata, um requisito indispensável para obter uma grande quantidade de criptomoedas.
O grande aumento da indústria das criptomoedas começou a preocupar as autoridades chinesas, pois entendiam que o valor das moedas virtuais dependia dos ânimos especulativos. Entretanto, os chineses notaram que a criptomoeda também dependia das pessoas que começaram a investir seus recursos.
Com relação a este assunto, o especialista Zhang Ning, do Centro de Estratégia Financeira da Academia de Ciências Sociais da China, declarou à Sputnik que, na época, a China tomou diversas medidas com o objetivo de limitar a exploração das criptomoedas e bitcoin, amenizando o monopólio do Estado na emissão de dinheiro.
Em 2018, o valor do bitcoin e de outras moedas digitais começou a cair. Devido às frequentes falhas nas bolsas de criptomoedas, muitos investidores se afastaram, principalmente por causa de ataques hackers que invadiam seus dados.
Tanto a China quanto a Venezuela estavam desenvolvendo planos para criarem suas próprias criptomoedas como uma tentativa de estabilizar suas moedas, entretanto, o resultado não foi o bem o esperado, já que a moeda venezuelana se desvalorizou ainda mais.
Vale ressaltar que, as transações realizadas com a criptomodeda utilizando a tecnologia blockchain, na China, não poderão ser anônimas, o que eleva a transparência.
Outra grande vantagem da criptomoeda para a China é o custo de sua manutenção, que é menor que a emissão de dinheiro efetivo, ou seja, com sua ajuda será possível efetuar transações internacionais de uma maneira mais rápida e barata.
A ideia é criar um dinheiro desmonopolizado e regularizado no mercado, sendo uma ferramenta muito efetiva para instaurar controles financeiros.