Na quarta-feira, o chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, disse que Tóquio decidiu sair da CBI a partir de 2019 para retomar a caça comercial em julho, após uma pausa de 30 anos.
A chancelaria francesa lembrou que a CBI foi a única instituição que levou em consideração todos os aspectos sociais e ecológicos relacionados à caça às baleias.
"A decisão do Japão de deixar este corpo é um sinal alarmante para a abordagem multilateral na ecologia no período que é crítico para a preservação da diversidade biológica", acrescentou o comunicado.
"A França gostaria de continuar as conversas com o Japão a fim de encontrar uma solução que permita o fortalecimento das estruturas internacionais existentes para a proteção desta espécie de mamífero emblemático", disse o ministério em conclusão.
A decisão de Tóquio foi amplamente antecipada em meio às repetidas ofertas do Japão à CBI para suspender as proibições de baleeiros. O Greenpeace criticou a decisão japonesa.
A CBI proibiu a caça comercial em 1986, mas alguns países, incluindo o Japão, a Noruega e a Islândia, exploraram uma provisão na Convenção de 1946 para a Regulamentação da Pesca da Baleia, que permite matar baleias para fins científicos.