Em 21 de dezembro, durante o solstício de inverno, quatro câmaras da missão tiraram fotos do satélite, que representa o objeto mais ativo geologicamente do Sistema Solar, sujeito à intensa influência gravitacional de Júpiter.
JunoCam, a Unidade de Referência Estrelar (SRU), o Mapeador Auroral Infravermelho Joviano (JIRAM) e o Espectrógrafo de Imagens Ultravioleta (UVS) observaram Io durante mais de uma hora, o que permitiu vislumbrar as regiões polares da lua e evidenciar uma erupção vulcânica ativa.
.@NASAJuno mission captures images of volcanic plumes on Jupiter’s moon Io — Light from the plumes and fires of Io on Earth’s darkest night. JunoCam acquired the first images on Dec. 21 at 12:00, 12:15 and 12:20 coordinated universal time (UTC). | @SwRI https://t.co/E42oey9fEq pic.twitter.com/XfMLAYL26W
— The SETI Institute (@SETIInstitute) 3 de janeiro de 2019
A sonda Galileo da NASA obteve provas da atividade vulcânica em Io há 20 anos, mas esta é a primeira vez que isso foi feito por Juno.
"Sabíamos que estávamos abrindo novos caminhos com uma campanha multiespectral para ver a região polar de Io, mas não esperávamos ter a sorte de ver uma pluma vulcânica ativa disparando material desde a superfície da lua. É um presente de Ano Novo que nos mostra que Juno é capaz de ver plumas claramente", disse Scott Bolton, investigador principal da missão Juno.
Uma das imagens tomadas pela JunoCam mostra o satélite meio iluminado com um ponto brilhante mais além da linha de separação entre o dia e a noite. "O solo já está na sombra, mas a altura da pluma permite refletir a luz solar, tal como a forma como as montanhas ou nuvens da Terra continuam iluminadas depois do pôr do sol", explicou Candice Hansen-Koharcheck, a líder de JunoCam do Instituto de Ciências Planetárias.
Até hoje foram encontrados mais de 150 vulcões ativos na superfície dessa lua de Júpiter, considerada o corpo celeste com maior atividade vulcânica do nosso Sistema Solar, mas os cientistas esperam descobrir pelo menos mais 250 vulcões.