Pesquisadores britânicos concluíram que, no momento da chegada de Cristóvão Colombo à América, em 1492, a população continental correspondia a uns 60,5 milhões de pessoas, que, em grande maioria, se dedicavam à agricultura.
Em particular, de acordo com cálculos da University College of London (UCL), havia um pouco mais de um hectare de terra cultivada per capita, o que seria a superfície da terra cultivada hoje na Rússia, onde agricultura abrange 80 milhões de hectares.
A população pré-colombiana se dedicava intensamente à agricultura, queimando florestas para cultivo. A atividade contribuiu para emissão regular de grandes emissões de dióxido de carbono, o que exacerbou o efeito estufa.
A morte, que atingiu muitos índios, causou uma diminuição significativa na atividade agrícola. Segundo destaca a equipe de pesquisadores britânicos, liderada por Alexander Koch, cerca de 56 milhões de hectares de terra foram abandonados. Esses territórios foram rapidamente preenchidos por florestas, que começaram a absorber ativamente o dióxido de carbono do ar.
No decurso de sua investigação, os especialistas tentaram provar a hipótese acima mencionada. Para alcançar o objetivo, a equipe de Koch analisou várias camadas de gelo na Antárctica, registrando e concluindo que nesse período a concentração de dióxido de carbono no ar foi diminuída.
Com base nos dados conseguidos, revelou-se que a morte maciça de índios nas Américas contribuiu para o início da Pequena Idade do Gelo — fase mais fria da Era Moderna — ao redor do globo em que a Groenlândia foi coberta por gelo.
No entanto, é apenas uma das teorias de hoje em dia. A versão dominante ainda culpa a diminuição da velocidade da corrente do Golfo, que coincidiu com explosões vulcânicas e mínimo Maunder — o período conhecido como o mais baixo nível de atividade solar após o século V a.C.