No fim de 2014, foi descoberta uma coluna vulcânica que saia das águas do Reino de Tonga. A erupção terminou um mês mais tarde, mas do bordo de uma caldeira submarina surgiu uma nova ilha a meio caminho entre duas já existentes, Hunga Tonga e Hunga Haʻapai.
Slayback e seus colegas observaram a ilha desde seu nascimento com ajuda de satélites, tentando fazer um modelo 3D da sua forma e volume enquanto mudava com o tempo. O cientista começou então a pensar em conhecer essa nova terra pessoalmente.
No início de outubro passado os seus planos se tornaram realidade e ele chegou junto com uma equipe cientifica à ilha, que ainda não tem nome oficial, mas foi mencionada como Hunga Tonga-Hunga Ha'apai.
A maioria das ilhas recém-nascidas desaparece uns meses depois de aparecer. Porém, neste caso a esperança de vida do território foi estimada pela NASA em 6-30 anos. A nova ilha de Tonga é uma das três únicas que entraram em erupção nos últimos 150 anos e que sobreviveram à erosão pelas ondas oceânicas durante mais que poucos meses.
"Todos estávamos como crianças emocionadas […] Imediatamente percebi que [a ilha] não era tão plana como parecia por satélites. É bastante plana, mas há alguns gradientes e o cascalho formou padrões geniais seguindo a ação das ondas", comentou Slayback para um blog da NASA dedicado a expedições na Terra.
Além disso, surpreendentemente encontraram argila de cor clara de origem desconhecida. Depois de voltar a Goddard, Slayback está analisando os dados recolhidos durante a viagem para desenvolver um modelo 3D mais realista da jovem ilha.