Os geólogos descobriram com a pesquisa, publicada na revista Science, que essa estrutura é coberta por enormes picos de montanhas e fendas profundas.
A estrutura interna da Terra é constituída por três camadas que incluem a crosta terrestre, o manto semilíquido e o núcleo de metal fundido. A crosta é dividida em placas tectônicas, que "flutuam" lentamente e colidem entre si. Esse processo resulta na formação de terremotos e de vulcões ativos nos pontos de colisão das placas.
Ao analisar os dados disponíveis sobre o terremoto de junho de 1994 na América Latina, mais especificamente no território da Bolívia, geólogos determinaram que os fortes sismos atingiram a camada final. Tais informações foram possíveis graças a estações sismográficas que obtiveram um "mapa de relevo".
Apesar do estudo não ter determinado a altura exata dessas depressões e picos, os cientistas não descartam a hipótese de as montanhas serem ainda mais altas do que qualquer outra na superfície do nosso planeta.
De acordo com os pesquisadores, a presença desse relevo na camada inferior do manto sugere que suas rochas basicamente não estão misturadas com a parte superior da litosfera e que permanecem nesse estado desde a formação da Terra.
Essa análise permitirá que geólogos entendam a formação e origem do planeta no início da vida do Sistema Solar.