"As fontes e os fenômenos de desinformação podem ser identificados dentro e fora da União e são provenientes de uma série de intervenientes estatais e não estatais. A este respeito, os esforços devem visar os agentes malignos, nomeadamente as fontes russas", afirmou o Conselho da União Europeia do documento que apresentou as conclusões oficiais do bloco sobre o tema.
Faltando menos de cem dias para a votação que elegerá os novos representantes do Parlamento Europeu, o Conselho sugeriu a ativação de uma iniciativa que busca estabelecer uma abordagem comum em relação a suspeitas de desinformação e outras práticas maliciosas que os Estados-membros acreditarem prejudicar o processo eleitoral. Entre as medidas estão o reforço da preparação para ameaças cibernéticas, a criação de uma rede de verificadores de fatos para detectar desinformação em redes sociais e a criação de um sistema de alerta rápido para compartilhar dados sobre campanhas de desinformação.
A Rússia tem repetidamente refutado as alegações de que interfere nos processos eleitorais de outros países. O enviado russo à União Europeia, Vladimir Chizhov, acusou o bloco em dezembro de culpar a Rússia por interferência antes mesmo dos preparativos para as eleições começarem.