Guaidó está na Colômbia, onde participou no início da semana de encontros com o Grupo de Lima e com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence. Ele prometeu voltar a Caracas ainda nesta semana, mas antes passará por Brasília, segundo o jornal El Nacional.
Em Bogotá, o Grupo de Lima descartou a possibilidade de intervenção militar na Venezuela, após um fim de semana de episódios violentos nas fronteiras com a Colômbia e com o Brasil. Contudo, os EUA mantiveram o discurso de que “todas as opções estão na mesa”.
Guaidó conclamou a comunidade internacional a considerar todas as possibilidades em prol da queda do presidente Nicolás Maduro, no que foi entendido como um apelo em prol do uso da força para derrubar o governo. Ao jornal O Globo, o líder opositor tentou se explicar.
"Nós nunca pedimos uma intervenção militar estrangeira. O que temos dito é que um conflito militar [com participação estrangeira] na Venezuela é uma possibilidade, que não desejamos, que não buscamos. Nosso propósito é justamente evitá-lo através de uma saída política e constitucional", declarou Guaidó.
O presidente da Assembleia Nacional venezuelana já teve conversas reservadas com o vice-presidente Antônio Hamilton Mourão e com o chanceler Ernesto Araújo, e ainda não se sabem detalhes sobre a agenda que Guaidó terá com Bolsonaro em Brasília.
Após conversa particular com o Presidente Interino, @jguaido , posso garantir a todos que estamos no caminho certo ao defender solução pacífica para a reconstrução da democracia na #Venezuela . @governodobrasil @planalto @jairbolsonaro pic.twitter.com/KxEphZDPz6
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) 25 de fevereiro de 2019
Da sua parte, o governo brasileiro descartou a participação em qualquer ação militar contra Maduro – somente em caso de agressão de Caracas, conforme já declarou o general Augusto Heleno na semana passada –, preferindo uma saída diplomática e pacífica para a crise.