Em geral, o aumento dos preços do ouro se observa nos períodos de instabilidade e enfraquecimento da moeda americana: para proteger seus ativos da desvalorização, os participantes do mercado financeiro investem no metal precioso.
"As esperanças em um acordo entre os EUA e a China e uma pequena desvalorização do dólar estão apoiando o metal", disse à Reuters a analista da empresa ABN AMRO Georgette Boele.
Além disso, as perspectivas de desaceleração da economia global (o FMI revisou para baixo a previsão da taxa de crescimento global para 2019 e 2020) contribuem para o aumento da demanda por ouro, que serve como um ativo seguro.
No ano passado os bancos centrais mundiais comparam um volume de ouro recorde que equivale a 27 bilhões de dólares. O Banco Central russo lidera essa lista, tendo comprado 274,3 toneladas de ouro. Com um total de 2.112 toneladas de ouro, a Rússia entrou para a lista dos cinco países com maiores reservas de ouro, superando a China, a Índia e o Japão. Ao mesmo tempo a Rússia vendeu quase todos seus títulos do Tesouro dos EUA.
Os analistas têm uma certeza: o preço do ouro vai continuar crescendo, porque a emissão de dinheiro descontrolada ameaça cada vez mais a estabilidade da economia global, impulsionando assim os preços dos ativos reais.
Segundo os especialistas, a produção de ouro começará a cair nos próximos anos, atingindo em 2022 o nível do início do século XXI. Alguns cientistas avisam que as reservas de ouro na Terra estarão esgotadas até 2034. Todos esses fatores contribuirão para o aumento drástico dos preços do ouro.