Eles vão tratar da construção de duas pontes ligando os dois países, de relações comerciais e da revogação do status de refugiado de dois paraguaios que estão no Brasil, Juan Arrom e Anúncio Martí.
Abdo demonstrou otimismo com as negociações. "Estamos muito otimistas de que teremos bons resultados em nosso pedido para que o status de refugiado de Arrom e Martí seja cancelado", disse o presidente referindo-se aos homens processados pela Justiça do Paraguai pelo sequestro de uma mulher há quase 18 anos.
O processo está na Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), e os dois acusados querem US$ 123 milhões de reparação de danos. O governo do Paraguai deve aguardar até abril, mês em que se realizará a segunda reunião do tribunal.
Em Brasília, Bolsonaro e Abdo devem dar continuidade à discussão da construção de duas pontes entre os dois países. Uma das pontes ligará a cidade paranaense de Foz do Iguaçu a Puerto Presidente Franco, no Paraguai, que ficará a cargo do Brasil e servirá para desafogar o intenso fluxo na Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu a Ciudad del Este.
A outra, que ficará sob responsabilidade do Paraguai, irá ligar a cidade de Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, a Carmelo Peralta. O objetivo é facilitar o acesso ao Oceano Pacífico. A previsão é que cada uma custará cerca de US$ 70 milhões.
A crise na Venezuela é outro tema que será discutido pelos presidentes. Em janeiro, o Paraguai anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela. Bolsonaro e Abdo apóiam Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela e autodeclarado presidente do país, que esteve tanto no Brasil quanto no Paraguai.