Abrams se referiu aos acontecimentos de 23 de janeiro, quando Guaidó foi declarado "presidente interino" pela Assembleia Nacional da Venezuela, de acordo com o artigo 233 da Constituição do país, que limita a autoridade do presidente interino a 30 dias.
Explicando o artigo sob o qual Guaidó se declarou presidente interino e que expirou no mês passado, Abrams citou a resolução da Assembleia Nacional que "afirma que esse período de 30 dias de presidência interina não começará a decorrer nem a contar até o dia em que Nicolás Maduro deixar o poder". "Portanto, os 30 dias não começam agora, começam depois de Maduro", adicionou ele.
Quando ele foi perguntado se Guaidó poderia ser considerado "o presidente interino de um período interino que ainda não existe", Abrams disse que o final dos 30 dias da presidência interina de Guaidó começa a contar e que o problema é que "ele não está no poder".
"Então eles decidiram que vão contar isso a partir de quando ele realmente estiver no poder e Maduro tiver ido embora. Eu acho que é lógico. Ele [Guaidó] é presidente interino, mas não é capaz de exercer os poderes do cargo porque Maduro ainda está lá", apontou Abrams.
Guaidó se autoproclamou chefe de Estado interino da República Bolivariana em 23 de janeiro deste ano, sendo imediatamente reconhecido como tal pelos EUA e depois por vários outros países, incluindo o Brasil. No entanto, apesar da pressão internacional, Maduro, reconhecido pela China, Rússia, Cuba, Bolívia e outros países, tem conseguido se manter no poder com apoio da maior parte da população venezuelana e também das Forças Armadas.