Apesar do grande investimento e das ambições em construir uma Força Aérea formidável, devido à insuficiência de pilotos experientes e ao aumento dos custos associados, grande parte da frota pode acabar por ficar no solo, informa o diário Aftenposten.
"Em 2025 teremos uma das mais modernas forças de defesa aérea do mundo. A minha maior preocupação é se teremos fundos suficientes para poder usá-la efetivamente", revelou Tonje Skinnarland, a Chefe do Estado-Maior da Força Aérea da Noruega, ao Aftenposten.
O brigadeiro Oyvind Strandman, que no passado foi responsável pelos programas de treinamento na Força Aérea da Noruega, compartilhou a sua preocupação.
"O que acontece é que adquirimos um sistema de armas muito caro, mas não temos capacidades econômicas para o operar completamente devido à falta de operacionais competentes", disse Strandman.
A defesa aérea norueguesa tem reduzido recentemente o número de bases militares, mas fez grandes investimentos em novas aeronaves. Até agora a Noruega recebeu nove aviões de combate F-35 com um preço médio a rondar os NOK 1.375 bilhões por unidade (cerca de R$ 613 milhões), com outros 7 aviões ainda em testes nos EUA. Com um total de 52 aeronaves, a Noruega será o principal utilizador na Europa de F-35, o projeto militar mais caro da história e que tem sido marcado por várias deficiências técnicas neste aparelho.