Marinha dos EUA obtém acesso a portos de Omã em meio a tensões com Irã, diz mídia

© Foto / U.S. Navy / C. WickwarePorta-aviões americano USS Harry S. Truman no Golfo de Omã (imagem referencial)
Porta-aviões americano USS Harry S. Truman no Golfo de Omã (imagem referencial) - Sputnik Brasil
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Omã assinou um acordo com os EUA que permite aos navios de guerra norte-americanos beneficiarem do direito de acesso a dois de seus portos no mar Arábico, comunicou uma agência de notícias local.

O acordo foi assinado no domingo (24) em Mascate e concede acesso dos navios dos EUA, incluindo porta-aviões, aos portos de Salalá e Ducme, localizado a 500 quilômetros do estreito de Ormuz, pelo qual passam 30% do tráfego de petróleo bruto do mundo.

A Embaixada dos EUA em Omã elogiou o acordo, assinalando que este "reafirma o compromisso de ambos os países de promover os objetivos mútuos de segurança".

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Um responsável oficial americano comentou à agência Reuters em condições de anonimato que Ducme era um porto "muito atrativo" por causa da sua "posição geoestratégica" e sua capacidade para receber os grandes porta-aviões americanos.

O funcionário mencionou a preocupação dos EUA com o Irã e com o aumento da qualidade e quantidade das suas armas. Segundo ele, o acordo alcançado expandiu significativamente as opções militares dos EUA em caso de crise.

Além dos esforços dos EUA de enquadrar o Irã, o acordo ajudará Washington na competição global por influência com Pequim, já que a China anteriormente planejava investir bilhões de dólares no desenvolvimento comercial dos portos omanis.

Os EUA já têm muitas bases militares em redor do golfo Pérsico, inclusive no Qatar, que hospeda a maior infraestrutura militar americana no Oriente Médio.

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As tensões entre Washington e Teerã escalaram em maio do ano passado, quando os EUA saíram unilateralmente do acordo nuclear com o Irã e prometeram sancionar o país por seu alegado papel "desestabilizador" no Oriente Médio.

O Irã ameaçou por várias vezes fechar o estreito de Ormuz se os EUA ou seus aliados tentarem impedir a exportação do petróleo iraniano.

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