Os recursos da ONU serão usados para fornecer água, saneamento, educação e restaurar a subsistência das centenas de milhares de pessoas deslocadas, disse o chefe humanitário da ONU, Mark Lowcock, nesta segunda-feira (26).
Ele disse que pedidos separados serão feitos em breve para o Zimbábue e Malawi, também duramente atingidos pelo ciclone.
Lowcock disse que os fundos para as vítimas do ciclone estão começando a chegar, incluindo 22 milhões de libras do Reino Unido, mas estão longe de ser o suficiente.
A chefe do UNICEF, Henrietta Fore, visitou a cidade portuária de Beira e disse que "é uma corrida contra o tempo" para ajudar os desabrigados e prevenir doenças.
O número de mortes do ciclone Idai subiu para mais de 750 nos três países da África Austral atingidos há 10 dias pela tempestade, enquanto os trabalhadores se apressam para restaurar a eletricidade, a água e tentar evitar o surto de cólera.
Em Moçambique, o número de mortos subiu para 446 enquanto há 259 mortos no Zimbabué e pelo menos 56 mortos no Malawi para um total de 761 nas três nações.
O número de mortos é "muito preliminar", disse o ministro do Meio Ambiente de Moçambique, Celso Correia, que previu um aumento na contagem.
Cerca de 228 mil desabrigados estão agora em acampamentos em toda a vasta área inundada de Moçambique, disse Correia, que é o coordenador de desastres do governo. Ainda é muito cedo para dar um número de desaparecidos, afirmou.
Há relatos de diarreia nos abrigos, mas Correia diz que é cedo demais para dizer se há casos de cólera. Todavia, é provável o surgimento da doença, avaliou o ministro de Moçambique.
As equipes de ajuda estão indo para pontos altos em ilhas criadas pelo ciclone Idai e encontrando "muita gente", disse Correia.