A proibição, imposta após o assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, foi criticada por aliados europeus desde que colocou um ponto de interrogação sobre bilhões de euros em encomendas militares, incluindo um acordo de US$ 13,27 bilhões para a venda de 48 jatos Eurofighter Typhoon para os sauditas.
A venda seria liderada pela BAE Systems, da Grã-Bretanha.
O congelamento colocou os conservadores da chanceler Angela Merkel contra seus parceiros de coalizão sociais-democratas — que buscam atrair os eleitores críticos sobre a venda de armas e preocupados com o envolvimento saudita na guerra do Iêmen.
"A proibição será prorrogada por mais seis meses, até 30 de setembro", diz um comunicado enviado por email do porta-voz do governo, Steffen Seibert. "Durante este período, nenhum novo pedido de exportação será aprovado."
Essa disposição libera as empresas da obrigação de entrar no processo oneroso e demorado de solicitar uma nova licença.
O governo também pediu à França e à Grã-Bretanha que garantam que os sistemas de armas entregues à Arábia Saudita ou aos Emirados Árabes Unidos não sejam usados no conflito do Iêmen.
O governo também disse que encontraria maneiras de ajudar o estaleiro Peene, de propriedade privada, na Alemanha, que foi impedido pela proibição de exportação de completar e entregar navios de guarda costeira que construiu para a Arábia Saudita.