A decisão foi anunciada perante a imprensa pelo presidente da Suprema Corte, Maikel Moreno, e transmitida por emissoras locais na segunda-feira (1º).
"O presidente da Assembleia Nacional Constituinte será solicitado a proceder à suspensão da imunidade parlamentar de Juan Guaidó por violação das medidas impostas pelo tribunal", anunciou Moreno.
O tribunal também confirmou a proibição de o líder da oposição deixar o país sem permissão e o considerou culpado por desacato e violação de proibição.
Além disso, o tribunal confirmou sua decisão anterior sobre o bloqueio das contas bancárias e qualquer outro instrumento financeiro usados pelo líder da oposição em território venezuelano.
Em 23 de janeiro, dois dias depois que a Suprema Corte venezuelana anulou sua eleição, Guaidó se autodeclarou presidente interino do país. O presidente venezuelano Nicolás Maduro, que tomou posse para seu segundo mandato presidencial em 10 de janeiro, após vencer as eleições de maio, qualificou a decisão do líder da oposição como uma tentativa de encenar um golpe orquestrado por Washington.
Os Estados Unidos imediatamente reconheceram Guaidó, tendo outros 50 países seguido o exemplo. Rússia, China, Cuba, Bolívia e vários outros países já manifestaram seu apoio ao governo legítimo de Maduro. México e Uruguai se recusaram a reconhecer Guaidó, mas se declararam neutros e promoveram a solução da crise através do diálogo.