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Marinha do Brasil usa 'caveirão do mar' no combate ao narcotráfico e à pirataria

© Foto / Marinha do BrasilLancha 888 Raptor “Mangangá”.
Lancha 888 Raptor “Mangangá”. - Sputnik Brasil
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Uma embarcação blindada da Marinha está auxiliando as autoridades na luta contra o narcotráfico e a pirataria no Porto de Santos, em São Paulo. Apelidada de “caveirão do mar”, a lancha 888 Raptor Mangangá, fabricada pelo estaleiro DGS Defense, foi projetada para fornecer mobilidade tática e apoio logístico, mesmo em ambientes de difícil navegação.

Em nota à Sputnik Brasil, a armada ressaltou que a embarcação, que custou R$ 1,5 milhão, atuará na defesa de porto e área marítima restrita.

“Ela será empregada prioritariamente na tarefa de defesa de porto e área marítima restrita, aí incluído o estuário do Porto de Santos e as áreas de fundeadouro dos Navios Mercantes, respectivamente, no que tange ao reforço das ações de fiscalização do tráfego aquaviário e às atividades de patrulhamento ostensivo nas águas interiores e no mar territorial, principalmente, contra crimes transfronteiriços e ambientais”, explica a nota, que ainda destaca que a lancha poderá operar em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo.

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Com 9 metros de comprimento e aproximadamente quatro toneladas, o raptor Mangangá tem capacidade de percorrer até 70 KM/h, podendo ser armada com uma metralhadora MAG calibre 7,62mm. Segundo a Marinha, a cabine blindada da lancha pode abrigar cinco militares.

O DGS Defense, responsável pela fabricação da embarcação, afirma que o caveirão do mar ainda conta com a prioridade de retardante de chamas, elevada flutuabilidade e está preparada para absorver choques típicos da navegação em águas rasas, como pedras e galhos. Além disso, a nova lancha está equipada com radar e câmera térmica, itens de grande importância para o emprego em operações noturnas.

De acordo com a Marinha, essas características da embarcação possibilitarão o seu uso como elemento surpresa nas ações contra o narcotráfico na região.

“Nesse prospecto, as características operacionais desse meio naval possibilitarão furtividade à navegação, atuando como elemento surpresa nas ações de combate aos crimes no entorno do Porto de Santos e região litorânea”, explica a armada.

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O Porto de Santos é uma tradicional rota da narcotráfico, não só para a entrada de drogas no país, mas também para a saída rumo a portos da Europa. Somente nos oito primeiros meses de 2018, mas de 13 toneladas de cocaína foram apreendidas na região. O número superou a apreensão total dos dois anos anteriores: (11.539 kg) e 2016 (10.622 kg).

Além do caveirão do mar, o Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste conta ainda com dois Avisos de Patrulha (AviPa), denominados: Barracura e Espadarte, dedicados à realização de atividades de patrulhamento ostensivo no canal do Porto de Santos, coibindo possíveis infrações cometidas no mar territorial e nas águas interiores do entorno deste porto.

A nova embarcação, segundo a Marinha, “chega para reforçar a fiscalização ao cumprimento de leis e regulamentos da autoridade marítima, assim como atuar contra delitos transfronteiriços e ambientais, cometidos no mar territorial e nas águas interiores, principalmente, no estuário do canal do Porto de Santos e na área de fundeadouro dos Navios Mercantes”.

Esse modelo de lancha blindada já está em uso pela Marinha do Brasil no Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sudeste, no Rio de Janeiro, e na Capitania Fluvial do Rio Paraná, em Foz do Iguaçu. Em ambos os locais, as embarcações estão destinadas a executar ações de fiscalização do tráfego aquaviário e às atividades de patrulhamento ostensivo nas águas jurisdicionais de suas respectivas áreas.

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No Porto de Santos, a operação do raptor Mangangá contra o narcotráfico, segundo o Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Sul-Sudeste será feita em uma atuação conjunto com outros órgãos de segurança.

“Atuaremos, por meio de ações preventivas e repressivas, privilegiando as atividades relacionadas ao combate do tráfico ilícito de drogas e afins, tráfego internacional de arma de fogo, tráfico de pessoas, contrabando, descaminho, imigração ilegal e delito ambiental, podendo cooperar com os órgãos federais (DPF, SRRF, IBAMA, ANTAQ, ANVISA, CONPORTOS e ICM-Bio), quando se fizer necessário, na repressão aos delitos de repercussão nacional ou internacional, quanto ao uso do mar, águas interiores e de áreas portuárias, na forma de apoio logístico, de inteligência, de comunicações e de instrução”, explica a nota.

O raptor Magangá terá a missão de atuar no porto mais importante do país, com participação superior a 25% na balança comercial, para acabar com as ocorrências envolvendo o embarque ilícitos e impactos ambientais que são comuns no local.

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