Em suas primeiras conversas com Mourão, Pence procurou incentivar o ex-general brasileiro a usar sua experiência e influência junto aos líderes militares venezuelanos, bem como junto à China e à Rússia, para que retirem o seu apoio à Maduro, disse um alto funcionário da Casa Branca, citado pela agência Reuters.
Os Estados Unidos e a maioria dos países ocidentais apoiaram o líder da oposição Juan Guaidó, que invocou a Constituição para declarar-se presidente interino em janeiro, argumentando que a reeleição de Maduro em 2018 era ilegítima.
Maduro, que é apoiado pela Rússia e pela China e controla o Estado e o Exército do país, disse que Guaidó é um fantoche dos Estados Unidos.
Guaidó ofereceu uma anistia aos membros das Forças Armadas que o apoiam, mas o alto comando permaneceu fiel a Maduro.
Mourão, que foi adido militar em Caracas, "tem uma perspectiva muito particular" quando se trata de ajudar persuadir os líderes militares venezuelanos a mudar de lado, prosseguiu o oficial da Casa Branca, que falou sob condição de anonimato.
"Ele [Mourão] fala com uma credibilidade única de dentro da região como um líder político de alto escalão com formação militar, que a voz é muito importante e ele está usando essa voz para promover a causa", acrescentou.
Mourão também está bem posicionado para dialogar com a Rússia e com a China por seus apoios a Maduro, já que o Brasil é um parceiro do BRICS, o grupo das maiores economias de mercado emergentes, disse a autoridade.