Moscou: cooperação entre Rússia e OTAN na área civil e militar terminou completamente

© REUTERS / Ints KalninsSoldado com a bandeira da OTAN
Soldado com a bandeira da OTAN - Sputnik Brasil
Nos siga no
Nesta segunda-feira (15), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Grushko, afirmou à Sputnik que, por enquanto, Moscou não vê sinais de que a OTAN saiba como sair do impasse nas relações com a Rússia.

Segundo o vice-ministro, a cooperação entre a Rússia e a OTAN na área civil e militar terminou completamente.

"A cooperação pela linha civil e militar terminou completamente. A própria OTAN abriu mão da agenda positiva nas relações com a Rússia. Esta não existe e, por enquanto, não há sinais de que a OTAN saiba como sair desse impasse", apontou.

Porém, o vice-ministro detalhou que a Rússia continua mantendo contatos militares com determinados países da aliança 

Exercícios da OTAN no Mar Negro - Sputnik Brasil
Rússia promete responder ao aumento da atividade da OTAN no Mar Negro
"Hoje em dia existe uma necessidade objetiva de diálogo político e de manutenção de contatos a nível de analistas militares. A OTAN recusou a colaboração prática conosco para reforçar a segurança. Contudo, existe uma necessidade objetiva de trabalho conjunto para diminuir os riscos de escalada acidental, para impedir incidentes. Com determinados países da OTAN existem tais contatos. Com a aliança em geral – não", disse.

Além disso, Grushko assinalou que as divergências no interior da aliança agora são agora maiores que antes e que a OTAN tenta se consolidar à custa da assim chamada "ameaça russa".

"Hoje em dia essas divergências são até mais profundas do que antes. Porém, infelizmente, não foi encontrado melhor jeito de consolidar o bloco do que sacudir a poeira da 'ameaça russa'", disse.

F-117 visto perto de Kosovo em 4 de abril de 1999 - Sputnik Brasil
Como agressão contra Iugoslávia mudou OTAN?
Como resultado,  a Rússia vem lidando, da parte da OTAN, não somente com o renascimento da retórica da "Guerra Fria", mas também com um desenvolvimento militar da aliança que segue "essas mesmas pisadas", apontou o vice-ministro das Relações Exteriores russo. 

"Tudo isso junto com a realização dos planos de criação de um sistema global de defesa antimíssil, a intenção dos EUA de se livrarem de limitações na área de controle de armamentos, como o Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), formam um quadro alarmante. Aumentaram significativamente os riscos de uma escalada incontrolável da tensão militar e da corrida armamentista", acrescentou.

Aleksandr Grushko indicou que a crise atual nas relações entre a Rússia e OTAN não é a primeira, mas é a mais prolongada. 

"Já houve situações em que as nossas relações foram interrompidas: em 1999, devido aos bombardeios da Iugoslávia pelas forças da OTAN, e em 2008, após o conflito na Ossétia do Sul. A crise de hoje não é a primeira mas é a mais prolongada", concluiu o diplomata.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала