Bernie Sanders: Israel é dirigido pelo 'governo racista de direita' de Netanyahu

© AP Photo / J. Scott ApplewhiteBernie Sanders, pré-candidato democrata à presidência dos EUA
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O pré-candidato democrata à presidência dos EUA em 2020, Bernie Sanders, chamou o governo do premiê israelense Benjamin Netanyahu de "racista" durante um programa na CNN.

O senador americano foi convidado a comentar a sua crítica de longa data a Netanyahu e disse nesta segunda-feira (23) que defende o direito de Israel de existir e se considera pró-Israel, mas não apoia as políticas do primeiro-ministro israelense, que foi reeleito no início deste mês.

"Eu não sou anti-Israel, mas o fato é que Netanyahu é um político de direita que, eu acho, está tratando o povo palestino de forma extremamente injusta", afirmou Sanders, seguido por aplausos da plateia na CNN.

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"Então, o que eu acredito é que os EUA dão bilhões de dólares em ajuda militar a Israel. Aquilo em que eu acredito não é radical. Eu apenas acredito que os EUA devem lidar com o Oriente Médio em igualdade de condições. Em outras palavras, o objetivo deve ser tentar unir as pessoas e não apenas apoiar um país, que agora é dirigido, ouso dizer, por um governo racista de direita", acrescentou.

Antes da eleição em Israel, Sanders tinha dito que esperava que Netanyahu perdesse e afirmou que lamenta o fato de que o premiê israelense, quando chega a hora das eleições, "sempre tenta ir ainda mais longe à direita, apelando ao racismo dentro de Israel".

A declaração do senador americano veio em resposta à promessa de Netanyahu de anexar os assentamentos judeus ilegais em terras palestinas ocupadas, caso fosse reeleito.

No mês passado, o congressista democrata Beto O'Rourke, ex-representante do Texas, usou palavras semelhantes para classificar o líder israelense, afirmando que a relação entre os EUA e Israel "deve transcender o partidarismo nos EUA, e deve ser capaz de transcender um primeiro-ministro que é racista uma vez que impede os árabes de irem às urnas".

Sob a administração Trump, os Estados Unidos apoiaram Israel em vários pontos controversos. Washington reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, movendo a embaixada dos EUA para a cidade disputada, e aceitou a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã, que são consideradas pelas Nações Unidas uma parte ocupada da Síria.

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