A cientista planetária Caitlin Griffith, da Universidade do Arizona, lidera uma equipe que estuda a formação peculiar com base em imagens da sonda Cassini, usando espectroscopia infravermelha para conseguir penetrar a densa atmosfera de nitrogênio da lua de Saturno.
"Esse corredor de gelo é intrigante, porque não possui correlação com quaisquer outras características da superfície nem com as medidas do subsolo", comentou Griffith o longo corredor que percorre 6.300 pelo satélite.
A descoberta indica que "o gelo de água está distribuído de uma forma desigual, mas não de uma maneira aleatória, ao longo da superfície tropical de Titã", acrescentou a cientista.
"É possível que a gente esteja vendo algo que é um vestígio de um tempo em que Titã era um tanto diferente", disse Griffith à revista New Scientist.
A teoria mais provável é que se trata dos restos de um massivo antigo "vulcão de gelo" que produzia água, amoníaco ou metano, ao invés de lava, a que estamos acostumados a ver na Terra.