De acordo com o ministério, o bloqueio não vai afetar as "atividades cotidianas" do setor.
"Ela [economia dos oceanos] atualmente é 19% do PIB brasileiro. Isso foi calculado ano passado pela PUC-RS. E o que são esses 19%? é transporte, petróleo, gás, pesca, caça submarina, lazer, turismo, ou seja, todas as atividades que envolvem o mar. E isso é uma parte que a Marinha faz, ela protege essas atividades, regula, é uma autoridades marítima", argumentou o especialista.
De acordo com ele, a importância da Marinha compreende certas atividades que vão além da defesa do país.
"A Marinha faz muito mais do que só a Defesa. Ela trata do Meio Ambiente, trata das atividades marítimas, regula essa atividades, e isso [contingenciamento] prejudica imensamente […] Ou seja, nós estamos falando de coisas muito mais abrangentes", observou.
"Um corte desta proporção, um valor absurdo, muito elevado, isso atrapalha o desenvolvimento do país, não só a defesa, e com impacto direto na economia", acrescentou Ricardo Cabral.
A decisão do governo brasileiro faz parte da estratégia do setor econômico do governo para cumprir com o decreto que estabelece um contingenciamento de cerca de R$ 30 bilhões, a mesma medida que atingiu a Educação, estabelecendo um corte de 30% no orçamento de universidades e institutos federais.