De acordo com a coluna Direto da Fonte, da jornalista Sonia Racy, Brasília conseguiu um avanço substancial nas negociações com os europeus, e o anúncio virá em até um mês, conforme informou uma fonte do governo do presidente Jair Bolsonaro.
Ainda de acordo com o jornal, um último entrave seria a resistência de produtores de vinhos brasileiros e argentinos em relação à abertura de um prazo comercial gradativo de 15 anos, algo que espera-se estar superado até o próximo mês.
Os dois blocos abriram conversações em 1999, porém houve altos e baixos ao longo dos últimos 20 anos — incluindo uma quase completa paralisia das conversas durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre 2004 e 2010.
As negociações foram retomadas com mais ênfase nos últimos anos, e o texto do documento a ser anunciado é basicamente o mesmo aprovado pelo Mercosul em 2014, durante uma cúpula do bloco em Caracas, na Venezuela.
Caso ocorra, o anúncio virá pelas mãos de um governo que afirmou ter mais interesse em acordos bilaterais do que em compromissos multilaterais. Logo após a eleição de Bolsonaro, no ano passado, o ministro da Economia Paulo Guedes declarou que o Mercosul não seria prioridade na atual gestão.