Em comentário à Sputnik, Mikhail Kalugin, chefe do Departamento do BRICS do MRE russo, esclareceu ter sido avisado pelo Brasil que "informações sobre prioridades e direções" seriam recebidas depois.
"Não, nós não prevemos mudanças sérias. Não esperamos mudanças e abalos. Acredito que os parceiros brasileiros fizeram tudo consistentemente", afirmou para a Sputnik nos bastidores da conferência Doing Business with BRICS (Fazendo Negócios com BRICS, em tradução livre), realizada em Washington.
O diplomata russo ressaltou que "a nova equipe [brasileira] também confirmou seu compromisso com o BRICS e com os acordos anteriores".
Em recente entrevista à Sputnik, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, destacou que o atual presidente Jair Bolsonaro (PSL) gerou um vínculo de submissão aos Estados Unidos, depreciando até mesmo a soberania brasileira.
Além do mais, Rousseff disse temer "que os BRICS hoje tenham mais características de RICS do que de BRICS, porque o Brasil está ficando para trás por conta dessa política absolutamente conservadora e atrelada aos EUA".
BRICS é um grupo econômico de cinco potências espalhadas por quatro continentes. No grupo entram o Brasil, a Rússia, a Índia, a China e a África do Sul.