"Penso que cada nação terá de avaliar a situação e a sua abordagem. Mas, em algum momento, as marinhas devem começar a agir, estar presentes e oferecer oportunidades para seus líderes. Como eles decidem fazer isso depende da sua abordagem nacional e soberana", disse ele em entrevista ao Sydney Morning Herald.
A este respeito, Richardson destacou a Austrália e a Indonésia, elogiando-as pela sua adesão a uma ordem internacional baseada em regras. A Indonésia não reivindica nenhuma das ilhas em disputa no mar do Sul da China, mas quer soberania sobre parte daquilo a que chama o mar do Norte de Natun, parte do qual também reivindica a China.
"Onde vemos oportunidades de trabalho conjunto, treinamento conjunto e presença conjunta, que são coisas que estamos sempre buscando, acredito eu, [...] com essas duas marinhas", acrescentou Richardson.
Comentando as missões de "liberdade de navegação" dos EUA na área, Richardson disse que elas "definitivamente não eram para ser provocadoras".
"Isso é parte de como os EUA demonstram seu forte apoio a uma ordem baseada em regras", disse ele. A declaração do almirante sucede "forte oposição" da China, expressa na semana passada, à passagem de dois destróieres americanos carregando mísseis guiados perto das ilhas Spratly, reivindicadas por Pequim no mar do Sul da China.
Pequim, que reivindica 90% do mar do Sul da China, por sua vez, advertiu Washington contra "ações que minam a soberania da China". A China controla agora a grande maioria das ilhas, recifes e cardumes na área, o que também é reivindicado pelas Filipinas, Vietnã, Brunei, Malásia e Taiwan.