Mueller afirmou que ele está se demitindo do Departamento de Justiça dos EUA após a conclusão da investigação sobra a suposta interferência da Rússia nas eleições últimas eleições presidenciais.
"Estamos formalmente fechando o Escritório do Conselho Especial e também estou me demitindo do Departamento de Justiça para voltar à vida privada", disse Mueller durante a coletiva de imprensa.
"Acusar o presidente de um crime não é uma opção que poderíamos considerar", disse.
Nothing changes from the Mueller Report. There was insufficient evidence and therefore, in our Country, a person is innocent. The case is closed! Thank you.
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) May 29, 2019
De acordo com Mueller, é "inapropriado" ele testemunhar mais sobre a investigação russa.
"Qualquer testemunho deste escritório não iria além do nosso relatório. Contém nossas descobertas e análises e as razões para as decisões que tomamos. Nós escolhemos essas palavras cuidadosamente e o trabalho fala por si. E o relatório é meu testemunho. Eu não forneceria informações além daquelas que já são públicas em qualquer apresentação perante o Congresso", afirmou.
Após o fim do depoimento de Mueller, o presidente Donald Trump publicou em sua conta no Twitter e declarou o caso "como encerrado".
"Nada mudou no relatório de Mueller. As evidências são insuficientes, e assim sendo, no nosso país, a pessoa é inocente. O caso está encerrado. Obrigado", escreveu Trump.
Em abril, o Departamento de Justiça divulgou o relatório Mueller, concluindo que a equipe de campanha do presidente Donald Trump não era conivente com a Rússia. No entanto, o relatório também descreveu 10 episódios sobre as ações de Trump que podem constituir possível obstrução da justiça. O Procurador Geral dos EUA, William Barr, por sua vez, afirmou que as provas contra Trump no relatório Mueller não chegam ao nível de serem configuradas como um crime.
A Rússia tem repetidamente negado qualquer acusação de interferência no sistema político dos EUA, enfatizando que as alegações foram feitas para justificar a perda eleitoral de Hillary Clinton, adversária de Trump em 2016, bem como para desviar a atenção do público de casos reais de fraude eleitoral e corrupção.