As novas disposições foram inclusas pelo Comitê de Serviços Armados dos EUA em recente planejamento de orçamento de defesa para 2020.
O Departamento de Defesa precisa desenvolver um "plano detalhado para o planejamento, programação, orçamento e execução de financiamento" para os sistemas de armas, como o caça F-35, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira (5) por John Garamendi, presidente do subcomitê.
Atualmente, apenas 26,8% dos caças F-35 foram completamente capazes de realizar suas missões entre maio e novembro de 2018, conforme o Escritório de Contabilidade do Congresso dos EUA (GAO, na sigla em inglês).
O número está abaixo do esperado, já que o mínimo para esses tipos de armas seria de 60%. Além disso, a falta de peças de reposição é uma das principais razões pelas quais a aeronave não conseguiu atingir seu objetivo.
"Uma porcentagem significativa de aeronaves indisponíveis estava abaixo do esperado, pois os serviços não possuíam as peças de reposição necessárias para mantê-las voando. O GAO informou que a falta de peças sobressalentes representava 29,7% das aeronaves indisponíveis", afirmou Dan Grazier, um militar envolvido no Projeto de Supervisão do Governo, ao portal Washington Examiner.
Dos caças F-35A da Força Aérea norte-americana, 34% estavam aptos para missões entre maio e novembro de 2018, enquanto que apenas 2% da frota dos caças F-35C da Marinha estavam aptos para realizar missões durante o mesmo período.
Entretanto, o problema não está apenas nos F-35, como também na logística e manutenção complexa da aeronave, o que causa atrasos significativos para repará-los, citou J.V. Venable, ex-piloto de caça da Força Aérea norte-americana.
O caça F-35 já é a arma mais cara da história, o que gera diversos questionamentos, já que se trata de um investimento em uma arma que não voa, e, por isso, o projeto deveria ser investigado pelo Congresso, afirma Grazier.