"Exigimos que o lado dos EUA [...] seja cauteloso e pare de interferir nos assuntos de Hong Kong e assuntos internos da China de qualquer forma", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Pequim, Geng Shuang, durante uma coletiva de imprensa.
Seus comentários vieram em resposta à advertência dos EUA, na segunda-feira, de que uma emenda permitindo a extradição de um crime para a China continental poderia colocar em risco o status especial que Washington dá a Hong Kong.
O escritório também enfatizou seu apoio contínuo à líder de Hong Kong, Carrie Lam, que está avançando com a lei que provocou protestos em massa nos últimos dias. A China sustenta que a medida é uma tentativa de tapar as lacunas legais e está de acordo com o direito internacional.
O governo de Hong Kong adere à política de "um país, dois sistemas" do governo chinês, que teoricamente permite que regiões autônomas retenham seus próprios sistemas econômicos e administrativos enquanto se unem formalmente ao continente. Críticos dizem que a medida de extradição proposta ameaça a autonomia legal de Hong Kong.
O Gabinete do Comissário do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês na Região Administrativa Especial de Hong Kong (HKSAR) também se pronunciou contra a alegada interferência de Washington na segunda-feira.
Um porta-voz do gabinete declarou que "deplora e se opõe firmemente ao desrespeito dos EUA ao direito internacional e às normas básicas que regem as relações internacionais e sua interferência nos assuntos de Hong Kong, que são assuntos internos da China".