Vladimir Vasiliev, do Instituto dos EUA e Canadá da Academia de Ciências da Rússia, explicou ao serviço russo da Rádio Sputnik que a ampliação da infraestrutura militar estadunidense na Polônia e a retirada de Washington do Tratado INF estão interligadas.
"Durante a última visita do presidente polonês [Andrzej] Duda a Washington, foi tomada a decisão de aumentar o pessoal [militar] norte-americano na Polônia em 1.000 efetivos [...] A coisa mais importante que foi decidida foi ampliar a infraestrutura logística precisamente na Polônia Oriental."
O especialista considera que desta maneira os EUA continuam a realização do seu plano antigo.
Ele destaca que "o cenário mais sombrio" é a instalação de mísseis de alcance intermediário ou mísseis de cruzeiro de baseamento terrestre. Formalmente, explica Vasiliev, o fortalecimento do flanco oriental da OTAN está sendo realizado para fortalecer a capacidade defensiva dos países situados naquela região contra as intensões alegadamente agressivas da Rússia.
"Mas na sua essência isto é uma política antiga da OTAN proveniente da estratégia que há muito tempo recebeu o nome de 'Anaconda'." Essa estratégia, destaca o especialista, pressupõe a intensificação da pressão contra a Rússia ao longo de todo o perímetro de suas fronteiras.
O ministro polonês Mariusz Blaszczak disse estar seguro que esta decisão dos EUA aumentará a segurança do país em relação à ameaça de um conflito militar global. "O potencial agressor entende que a violação da fronteira da Polônia, um ataque à Polônia, significa um conflito global, e não conflito um local."