O ministro disse aos senadores que conheceu Jair Bolsonaro apenas após as eleições do ano passado e não impôs pré-condições para atender ao convite e comandar a Pasta de Justiça. Ele destacou que seu propósito ao abandonar a toga e servir em Brasília era "consolida o trabalho já realizado pela Lava Jato".
“Todas as especulações de que eu teria sido convidado lá atrás pelo presidente Jair Bolsonaro, que proferi a sentença pensando em vaga no STF... Eu não conhecia o presidente Bolsonaro”, disse Moro, conforme citado pela Agência Brasil. “Essa história de vaga no Supremo é uma fantasia, o que me parece é que ele [o presidente] se sente ou sentiu com uma espécie de compromisso, mas essa é uma questão que não existe. Não sei se ele vai oferecer, se eu vou aceitar, isso é uma questão que não está posta”, acrescentou.
A informação de que Moro seria indicado para cadeira de Celso de Mello - que se aposenta no ano que vem - foi repetida por Bolsonaro em várias ocasiões. Em entrevista à Rádio Bandeirantes concedida em maio, o presidente chegou a dizer que "se Deus quiser, cumpriremos esse compromisso [de apontar Moro para a Corte]".