Rússia não negocia aliados: presidente russo sobre possível acordo com EUA em relação à Síria

© Sputnik / Serviço de Imprensa da Frota do Norte/Andrey Luzik/USO EDITORIALBandeiras da Rússia e da Síria no convés do porta-aviões russo Admiral Kuznetsov no Mediterrâneo
Bandeiras da Rússia e da Síria no convés do porta-aviões russo Admiral Kuznetsov no Mediterrâneo - Sputnik Brasil
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Durante a linha direta com os cidadãos russos, o presidente Vladimir Putin comentou várias questões da agenda internacional, como a situação no Oriente Médio.

Assim, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a Rússia não negocia aliados, respondendo à pergunta sobre um possível negócio com os EUA quanto à Síria.

"O que é um negócio? É alguma iniciativa comercial, ações. Nós não negociamos os nossos aliados, tampouco nossos interesses e nossos princípios. É possível acordar com nossos parceiros sobre a resolução de problemas atuais", disse Putin.

Ele adicionou que a Rússia, Irã, Turquia, EUA e outros países devem unir esforços para resolver questões como a regulação política na Síria por meio da criação de um Comitê Constitucional.

Consequências imprevistas

Além disso, o presidente comentou as recentes tensões entre os EUA e o Irã. De acordo com ele, a situação pode levar a uma catástrofe para toda a região, mas as consequências podem também afetar os Estados Unidos.

"Os EUA afirmam não descartar a utilização da força militar. Mas desde já quero dizer que isso seria uma catástrofe para a região, no mínimo. Tal levaria a um surto de violência e, talvez, ao aumento do número de refugiados da região", afirmou o líder russo.

Ele acrescentou que "para os que empreenderem tais tentativas, isso traria, possivelmente, consequências tristes".

"É difícil avaliar o que ocorreria em caso de uso da força militar. É que o Irã é um país xiita, e até no mundo islâmico se considera que eles são pessoas capazes de extremos se precisarem de se proteger, de proteger seu próprio país", assinalou o presidente.

Anteriormente, no golfo de Omã foram atacados os petroleiros Front Altair e Kokuka Courageous. Após as explosões e incêndios, ambas as tripulações foram evacuadas para o território do Irã e para bordo de um destróier americano. Ninguém morreu em resultado do incidente.

Os EUA acusaram o Irã de ter atacado os petroleiros. O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, rotulou como infundadas as acusações contra o país dele. O exército iraniano afirmou ter enviado um navio e um helicóptero para o local do incidente para resgatar e socorrer as pessoas.

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