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Merkel quer 'conversa direta' com Bolsonaro sobre o desmatamento na Amazônia

© Sputnik / Sergei Guneev / Acessar o banco de imagensA chanceler da Alemanha, Angela Merkel.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel. - Sputnik Brasil
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A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta quarta-feira que buscará uma "conversa franca" com o presidente brasileiro Jair Bolsonaro sobre a destruição da Floresta Amazônica, à margem da próxima cúpula do G20.

Ao manifestar preocupação com as "ações do presidente brasileiro", Merkel declarou que "aproveitaria a oportunidade na cúpula do G20 para falar de maneira direta, porque acho dramático o que está acontecendo no momento no Brasil".

Ela estava respondendo a uma pergunta no Parlamento sobre o desmatamento na nação latino-americana.

As tensões estão crescendo sobre a Amazônia, à medida que madeireiros ilegais, mineradores clandestinos e empresas agrícolas agressivas parecem ter encontrado o seu defensor em Bolsonaro.

Centenas de grupos ativistas no início deste mês pediram à União Europeia (UE) que "interrompesse imediatamente as negociações" para um acordo comercial com os países do Mercosul sobre o suposto dano do Brasil a seus povos indígenas e florestas tropicais.

O apelo de mais de 340 grupos poderia complicar ainda mais a tentativa da UE de concluir 20 anos de negociações para um acordo de livre comércio com o Brasil e seus parceiros do Mercosul como Argentina, Uruguai e Paraguai.

Merkel afirmou que não tentará colocar as negociações em espera pelo desmatamento.

"Eu acho que não concluir o acordo com o Mercosul não teria levado a um hectare a menos de desmatamento no Brasil. Pelo contrário", avaliou. "É por isso que acho que não concluir o acordo não é a resposta para o que está acontecendo no Brasil".

Recentemente, a Alemanha mostrou discordar dos planos do governo Bolsonaro para modificar o Fundo Amazônia, que conta com recursos alemães e da Noruega para preservação da floresta tropical. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu que o dinheiro seja usado para regularizações fundiárias, algo que não está previsto no acordo.

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